Dor de ouvido

Pode ter certeza a primeira dor de ouvido do seu filho, você nunca vai esquecer. No sábado de madrugada o Júnior acordou as 2:10h chorando muito e gritando meu nome “mamãe, mamãe”. Fui ao quarto e tentei acalma-lo, dei mamadeira e nada adiantava. Em seguida diarréia, vômitos, febre...

Próximo das 3:00h minha mãe (visitando o netinho) veio no quarto e falou “é dor de ouvido”. Na hora achei que pudesse ser outra coisa, pois comprei uma vacina particular para evitar dor de ouvido. (descobri depois que protege sim, mas de “algumas” e não de todas – fui muito inocente).

Dito e feito era o ouvido!! Socorro!!

Não tinha em casa nenhum remédio especifico para o ouvido, mas tinha para dor. Advinha? Não fez efeito. Meu desespero aumentava a cada minuto com o Júnior gritando “juda mamãe” (Ajuda mamãe).

Demos o remédio para dor e não fez efeito, estava sem acreditar que ele continuava com dor. Meu desespero foi aumentando.

Minha mãe começou a esquentar paninhos e colocar no ouvido dele, imediatamente ele começou a acalmar e adormeceu por 40 minutos. Respirei aliviada.

Foi uma madrugada sinistra.

De manhã cedo, levei o Júnior para o pediatra, alias graças a Deus que ele tem um excelente pediatra, o médico abriu o consultório só para atendê-lo. Após a analise foi verificado OTITE MODERADA.

Receita antibiótico.

Fiquei triste porque ele ia tomar antibiótico, mas feliz que a dor começou a passar e o pus sair pela orelhinha. Sinal de que ia começar a melhorar.

Depois desse meu desespero resolvi ler e estudar um pouco sobre a terrível DOR DE OUVIDO. E vou compartilhar com vocês.

De acordo com o Instituto Nacional de Surdez 75% das crianças até 3 anos de idade terão uma dor de ouvido. Isso por que as crianças pequenas com os Tubos de Eustáquio (tubos perto do tímpano que conectam o ouvido ao fundo da garganta) em formação.

Segundo o site http://www.abcdasaude.com.br/ temos a informação abaixo sobre otite aguda e otite média:

A dor de ouvido (otalgia) pode ser causada por doenças no próprio ouvido (causa otológica) ou por doenças e/ou distúrbios em outras estruturas orgânicas próximas ou mais distantes do ouvido (causa não otológica).

As dores de ouvido de causa otológica são:

 - Otite Externa Aguda
 - Otite média aguda (essa foi a diagnosticada para o Júnior)

O que é otite externa aguda?
A otite externa aguda é uma infecção na pele do canal do ouvido causada por vários tipos de germes ou fungos. É caracterizada por uma severa e profunda dor de ouvido. A dor usualmente vem precedida ou acompanhada de coceira. Quando a infecção se torna crônica, ocorrem episódios agudos recorrentes, coceira irritante e descamações da pele do canal.
A otite externa aguda e crônica é um problema de ouvido tão comum entre os nadadores que é chamada também de "otite dos nadadores".

O que é otite média aguda?
A Otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por bactérias e, eventualmente, por vírus. É mais comum em crianças. A infecção se faz pela migração do germe, presente na garganta ou no nariz, através da tuba auditiva.
Essa doença ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças portadoras de doenças infecciosas.
Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite, secreção no ouvido (se houver perfuração timpânica); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas.

Toda dor de ouvido vem seguida de resfriados ou alergia, como o nariz entupido, o Júnior estava com muito muco no nariz e nesse caso existe uma enorme probabilidade desse muco ficar “preso” no ouvido. Esse fluído (muco) geralmente é um terreno fértil de bactérias, o que resulta em inflamação do tímpano e torna-se muito doloroso.

O que devemos saber é identificar a dor de ouvido.

Pode acreditar a infecção de ouvido é bastante desconfortável, em bebês identificamos com o choro agudo e continuo. Fique atenta se seu filho está iniciando ou saindo de um resfriado/gripe.

As crianças mais velhas podem falar que estão com dor de ouvido, já os pequenos como o Júnior choram constantemente, colocam a mão no ouvido, podem bater a cabeça na parede ou no chão, puxam a orelha. Todos são sintomas que os bebês revelam aos pais. O Junior colocava minha mão na orelha dele e apertava com muita força e gritava.

Sono: as crianças ou bebês não vão conseguir dormir, isso é devido a grande dor que estão sentido, geralmente eles reclamaram na hora de dormir.

Febre: com certeza ele terá febre, isso é um sinal que o corpo está reagindo no combate a infecção.

A audição pode ficar afetada enquanto ele estiver em tratamento, logo após a eliminação do pus as crianças ou bebês voltam a escutar normalmente.

Falta apetite, a criança não se sente bem com a dor e com isso não consegue se alimentar ou até mesmo o fato de engolir incomoda.

Se vazar fluido do ouvido do seu filho (pus amarelo, branco ou verde) procure o médico imediatamente. Se ele já estiver medicado é sinal de que está saindo o pus do ouvido, dê graças a Deus.

Se você me perguntar quando devemos chamar o médico quando nossos filhos estão com dor de ouvido, vou responder: “imediatamente”. Geralmente as crianças tomam antibióticos e você vai precisar do médico para receitá-lo. A dor de ouvido pode causar ruptura do tímpano, fique atenta se houver pus ou corrimento de sangue.

Com certeza o médico vai recomendar um remédio para dor nas primeiras 24 horas, o Júnior está usando Dipirona, pois o paracetamol não deu resultado. Muita atenção apenas a Aspirina pode causar a Síndrome de Reye, uma doença rara, mas fatal em crianças e adolescentes.

Se quiser ser mais natural, pressione um pano levemente aquecido no ouvido dele (cuidado para não queimar a orelha de seu filho). Isso vai “mascarar” a dor e não tem efeito duradouro, mas é o tempo para você se dirigir ao médico ou esperar o remédio fazer efeito. O médico também pode recomendar gotas de Benzocaína, que alivia a dor temporariamente. Mas muito cuidado se tiver qualquer tipo de rompimento do tímpano é extremamente proibido colocar remédio, a não ser que seu médico tenha recomendado.

Geralmente, próximo dos 5 anos de idade, o sistema imunológico das crianças ficam mais desenvolvidos e com isso o risco de dor de ouvido diminui, mas você pode ajudar a evitar a dor de ouvido da seguinte forma (atenção isso não vai fazer com que seu filho não tenha dor de ouvido e sim apenas diminuir o risco):

 - Amamente o bebê, o leite materno possui muitos anticorpos que são fundamentais para o bebê;

 - Lave a mão de seu filho com freqüência, principalmente apos voltar da escolinha ou de passeios, essa é a melhor maneira de combater os germes;

 - Não alimente o bebê deitado, isso pode ajudar o líquido (leite, água, suco) descer de forma inadequada. A anatomia do tubo da criança favorece a migração de leite e agentes infecciosos para a orelha média. A orientação é para nunca alimentar crianças deitadas. O hábito de alimentarem-se deitados também favorece a entrada de leite pela trompa de Eustáquio, o que aumenta o risco de Otite Média Aguda.

 - Limite o uso da chupeta. Bebês que não usam chupeta correm o menor risco de ter dor de ouvido provocada por infecção. Usar chupeta aumenta a possibilidade de o bebê desenvolver otite aguda, infecção do ouvido comum entre crianças. O risco é 33% menor em crianças que não têm esse hábito. A conclusão é de um estudo realizado na Finlândia e publicado no jornal "Pediatrics" (EUA). Segundo os pesquisadores, a chupeta parece alterar a pressão interna do ouvido. (fonte: http://www.farmaciarosario.com.br/dicas_saude.asp).

 - Fumo. Expor crianças a inalar a fumaça de cigarro pode acarretar a maior probabilidade de ter infecção de ouvido. Os médicos mencionam que as toxinas podem enfraquecer o sistema imunológico.

A grande parte das infecções de ouvidos não são graves e a cura pode ocorrer dentro de 3 a 4 dias. Embora casos não tratados com a devida urgência podem causar ruptura do tímpano e consequentemente problemas na audição.
Fique atenta a qualquer sintoma de seu filho e procure imediatamente o pediatra.

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