Perigos no Carro

Recentemente foi estabelecido pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT), determinou que o uso da cadeirinha para bebês e crianças é obrigatório, e o seu não cumprimento acarretará em sete pontos, pois é considerada infração gravíssima e multa de R$ 191,54. (dados do ano de 2010).

Não é raro observar que muitos pais não aderiram às cadeirinhas para as crianças.

Todos as crianças até 7 anos e meio devem utilizar essas cadeirinhas ou assento de elevação, conforme instruções abaixo:

  • Até 1 ano de idade: Bebê conforto, voltado para o vidro traseiro de costas para o motorista.
  • De 1 a 4 anos: Cadeirinha que deve ficar voltada para a frente do veículo, na posição vertical.
  • De 4 anos a 7 anos e meio: Assento de elevação ou Blooster e cinto de três pontos.
  • A partir de 7 anos e meio: Cinto de segurança normal no banco traseiro.


Mas outros fatores devem ser levados em consideração quando colocarmos as crianças no carro.

1 – Montar de forma correta o assento
Muitos assentos não cabem em bancos de alguns carros, ou outras cadeirinhas possuem sistemas tão modernos que não se acoplam em cintos e nos banco. O mais comum é os pontos de fixação da cadeirinha não coincidir com os assentos e cinto de segurança dos carros. Fique sempre atento a essa situação, verifique antes de comprar para não deixar as cadeirinhas “folgadas”. Leve seu carro com você para a compra, faça o teste da cadeirinha, alias trata-se de um produto que possui um preço considerável. Em um estudo pelo Instituto de Seguros Highway Safety verificou-se que a cada 10 carros do modelo popular, apenas três as cadeirinhas se encaixaram corretamente sem nenhuma dificuldade.

2 – Materiais soltos no carro
Já presenciei uma criança que recebeu uma pasta de trabalho na cabeça por que estava no banco de trás e a pasta solta no banco traseiro.
Não é raro eu ouvir de um parente que é médico sobre crianças que se machucaram com o “lixo” que mantemos nos carros, como ferramentas, bicicletas, bolsas, malas, skate, e até o cachorro. Claro que muitas vezes temos e se faz necessário carregar esses utensílios, mas para que os acidentes não ocorram ou pelo menos sejam amenizados, devemos colocar aquelas redes de proteção (vendidas em lojas de assistência a carros), assim “seguramos” os objetos que poderiam ter sido arremessados em uma freada brusca.
Os animais de estimação, inclusive para a segurança deles, devem ser transportados em gaiolas (caixas) especiais e colocados no chão do carro.
Mochilas e brinquedos serão “menos agressivos” se colocados no chão, embaixo do banco dos carros.

3 – Não utilizar cinto para maiores de 7 anos e meio
Muitos pais se preocupam com os bebês e crianças pequenas, mas acabam negligenciando com os mais velhos. O não uso do cinto de segurança aumenta em 65% a chance de ocorrer um acidente com ferimentos. E muita atenção ao uso correto do cinto de três pontos, pois cintos apenas abdominais podem lesionar os órgãos internos da criança, bem como não segurar a região do peito e levar a criança a bater a cabeça contra o objeto na frente, que pode ser o seu banco.

4 – Cinto abdominal e cinto de três pontos
Muitos carros aqui no Brasil ainda possuem cinto de três pontos nas laterais e no centro o cinto mais simples abdominal. Se essa for a opção de seu carro, e você tiver que colocar 03 pessoas no banco de trás, não hesite, use o cinto abdominal, com certeza ele será melhor do que manter a pessoa ou criança solta no banco de trás.

5 – Deixando crianças no banco da frente
Não é porque seu filho não precisa mais do assento de elevação que ele necessariamente pode andar no banco da frente. Os airbags são um perigo para as crianças, pois eles inflam com muita violência e assim pode machucar adultos pequenos e pior ainda com as crianças. Mantenha todas as crianças com menos de 14 anos no banco de trás, é muito mais seguro.

6 – Discar em quanto você está dirigindo
Com certeza você já sabe que isso é proibido, pode ocasionar em acidente grave e muitas vezes fatal. Mas por que algumas pessoas ainda insistem? Triplica-se a chance de ocorrer um acidente no caso de estar se falando ao celular. Existe fiscalização, porém muito precária para o número de infrações diárias. Então aqui cabe a sua consciência e principalmente o seu exemplo de EDUCAÇÃO EM TRÂNSITO que quer passar ao seu filho.


7 – Desafivelar o bebê para amamentá-lo.
Sei que é muito “dolorido”, digo até insuportável escutar o bebê chorar e você naquele momento não poder fazer nada, e, mas se você for o passageiro não tire a criança da cadeirinha para alimentá-la ou dar conforto. Procure um lugar tranqüilo para parar o carro, faça pausas na estrada se estiver com o seu bebê, o deixe engatinhar, caminhar, se esticar. Lembre-se metade dos acidentes com crianças são devido às freadas bruscas, e onde não existe maneira de segurar um bebê/criança.



8 - Deixar crianças sozinhas no carro
Inacreditável mas eu estava em uma loja de carros, e o vendedor comentou que naquele mês uma criança tinha entrado no carro, ligado e o carro saiu em disparada, a tempo de atropelar alguém e pior ainda, bateu na parede e a criança ficou ferida. Depois disso comecei a reparar quantas crianças são deixadas no carro, enquanto a mãe vai pegar um “pãozinho”, ou desce para sacar dinheiro em caixa eletrônico, “coisinhas” rápidas, mas que podem ocasionar perigo constante. Muitas crianças são estranguladas no vidro elétrico do carro, muitas vezes o carro está desligado, mas o simples fato de estar com a chave virada uma posição já deixa os comandos de vidros e portas disponíveis para a criançada. Outro fator grave é que cerca de 30 crianças morrem de insolação por terem sido deixadas no carro com os vidros fechados. Solução: Não deixe criança sozinha no carro, se preciso deixar por um instante, leve com você, é seu filho, não o abandone e não os coloquem em situação de perigo.

Boa sorte! Boa viagem!
E nunca se esqueça de conversar com seu pediatra se surgir alguma dúvida sobre posição das cadeiras, assentos, cinto de segurança.

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